O parto domiciliar é aquele em que a gestante de baixo risco decide por ter seu filho em casa na companhia de quem ela escolher. Não é utilizado nenhum tipo de anestésico ou remédio para induzir o parto e este pode durar de 8 a 12 horas.
Apesar de a gestante ser acompanhada por uma equipe especializada e de o parto normal ser aquele que oferece menor risco de infecção esse tipo de parto tem gerado grande polêmica. Muitos médicos defendem que por ele ser realizado fora do hospital não há como socorrer a tempo certos tipos de complicações.
Uma vez interessada em um parto domiciliar planejado, a gestante e seu parceiro têm de procurar profissionais que ofereçam esse tipo de serviço: um obstetra ou enfermeiro obstetra, todos com qualificação formal para atender partos de baixo risco. Essa será a mesma pessoa que acompanhará o casal, desde o pré-natal até o pós-parto. Embora seja raro, médicos obstetras também podem fazer o parto domiciliar.
É muito importante que o pré-natal seja muito bem feito e que o especilista tenha em mãos todo o histórico médico da gestante, do pai e da família de ambos.
No dia do nascimento a paciente pode se comportar da maneira que quiser enquanto espera, desde que com o acompanhamento específico necessário.
Na hora do nascimento os profissionais já possuem um local adequado para recepcionar o bebê.
Já a mulher faz o parto como preferir: pode ser em uma banqueta, sob o chuveiro, de cócoras, deitada. Quando o bebê nasce, ele é colocado no colo da mãe para ser amamentado, com mãe e filho ainda ligados pelo cordão umbilical.
Passada uma hora, com a placenta já expelida, é cortado o cordão. Feito isso, a pessoa responsável pelo parto examina o bebê, pesa, dá vitamina K para evitar hemorragia e pinga um colírio para evitar a conjuntivite do recém-nascido, problema comum em partos vaginais. Em duas ou três horas, a equipe vai embora, mas voltará para mais três visitas nos dez dias seguintes.
Não há plano de saúde que cubra essa modalidade de parto e o preço pode variar de R$2000,00 a R$5000,00 pelo parto mais as visitas pós parto.
Os especialistas têm opiniões divergentes sobre os riscos do parto domiciliar, mas mesmo entre os favoráveis três pontos são unanimidade –só pode ocorrer se a mulher tiver um bom quadro clínico, se a gravidez for de baixo risco e se for viável um plano B. Entre os fatores de exclusão estão gravidez de gêmeos, mãe com problemas de saúde (doenças como diabetes, hipertensão crônica e infecções), bebê com alguma anomalia ou fora da posição correta e parto prematuro.